quarta-feira, 17 de dezembro de 2008





Hoje fiquei lembrando do dia em que assisti "Ligeiramente Grávidos". O filme conta a história de uma mulher que passou uma noite com um cara que ela nunca viu mais gordo (literalmente, pq ele já era: hahaha) e fica grávida (!!!). Daí decide ter o bebê e patati patatá.


Lembro que fiquei pensando que o filme não era nada demais, do tipo "por que qui eu tô perdendo o meu tempo assistindo isso?" kind of film, mas mesmo assim assisti até o fim. Sabe como é, né, sábado à noite, naqueles dias, o mini-coleguinha finalmente foi pra cama, "maridjo" já revirando os olhinhos de tanto sono: vou ver até o final. Então veio a surpresa: quando a dita cuja entra em trabalho de parto, o filme mostra T-O-D-A-S as etapas, "exclusive" a cabeça do bebê coroando (se vc não tinha visto o filme, f***u!). Eu achando pouca graça, de repente me deparei com um fato pouco comum: comecei a chorar. Abri o berreiro, liberei a cachoeira, solucei e só não borrei a maquiagem porque estava sem.


Explico: me emocionei com tudo pelo qual a protagonista estava passando, uma gravidez inesperada, com um cara que ela não conhecia, etc., etc., e etc., e fiz uma analogia com a minha situação (bonito, mas na realidade foi mais para "buá, buá, buá, que qui tá acontecendo?! eu não senti isso, não foi assim comigo, eu quero a minha mãe!).


Para os coleguinhas que não são os dois que trabalham comigo e a minha irmã que lê o bllóóg mas não comenta, é que tive uma gravidez de risco e meu filho nasceu prematuro aos 7 meses. Então não passei pela experiência do nascimento natural, depois você pega o seu filho e cria o vínculo imediatamente. Mesmo qdo você não planejou e estava meio em dúvida, acredito que esse primeiro contato mude tudo para a mãe e seja essencial para a relação dos dois. Coleguinha Sofia disse que leu em algum lugar que as mães que não formam esse vínculo logo estão mais propensas a terem depressão pós-parto. Concordo e aconteceu comigo: mini-coleguinha ficou 40 dias na UTI e qdo foi pra casa tive um pití por dia, até que fui conversar (quer dizer chorar) com meu clínico, e que também foi meu pediatra e ele me entupiu de remédio.


A vida então ficou lííndaa, tudo é lííndo, Caetano é lííndo, cólica é líínda, acordar de madrugada é lííndo ... Mas, falando sério, hoje, graças a Deus, eu e meu filho somos unha e carne e não imagino minha vida sem ele; conseguimos superar as dificuldades e construir nossa relação (até parece que ele entende, mas ele só tem 2 anos, viu?!), só que não tenho mais dúvidas: se tudo tivesse corrido normalmente, teria sido uma mudança de vida muito mais fácil e prazerosa, para mim e para ele. Tomara que ele não tenha nenhuma sequela emocional, porque senão ... tome terapia hahaha.


Bêê Tóó.


Coleguinha já está fazendo poupança pensando na terapia do Mini-coleguinha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu leio e comento sim!!!!!!
Adorei "A vida é linda, Caetano é lindo...."
bjs

Sofia Rezende disse...

Que post mais fofinho... adorei vc ter me contado sua história.
Betó!!!