quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Orá Coleguinhas,

Hoje a moça da limpeza veio nos visitar e trazer seu bebê de um mês. Bonitin, fofin, arrumadin e tal... aí todo mundo vira e pergunta se não vou dar um irmãozinho pra Minicoleguinha e aqui vai minha resposta singela: NEM FODENDO!!! (ops, quer dizer isso aí 'nóis faiz', mas nada de resultados inesperados, viu Papi do Céu?!)

Olha gente, já contei aqui tudo pelo que passei na gravidez do Minicoleguinha, mas o que vocês não sabem é que eu não queria ter filhos, e quando aconteceu o meu mundo caiu.

Quando ele nasceu, ficou 40 dias na UTI neonatal e nesse tempo era como se eu não tivesse filho. Óbvio que eu ia pra lá todo dia, mas na hora que eu estava cansada voltava pra casa, almoçava, assistia TV, dormia, 'tudo como dantes no quartel de Abrantes'. Só que aí um dia ele saiu do hospital e toda a realidade da coisa caiu em mim como uma bomba. Eu me irritava qdo ele não dormia o tempo que eu achava que tinha que dormir, ou então quando ele queria mamar na hora do CSI (sempre no final do episódio, aaarrrgh!)... ou seja, eu comecei a me sentir uma porcaria de mãe.

Porque todo mundo com quem eu falava dizia que quando eu tivesse o meu essas coisas iam ficar de lado, que a maternidade é isso, que o laço com o filho é aquilo, parecia que a mulher quando pare (do verbo parir) vira automaticamente um ser sem vontade, fome, dor de barriga ou CC e abre mão de tudo e mais alguma coisa em prol do filho. Let me tell you something: BALELA!!! Pra grande maioria da humanidade, nos primeiros meses a gente quer mais é que alguém leve a criança e só traga de volta 'comida, mamada, limpa' e de preferência já dormindo (e que só acorde no dia seguinte).

Então, mães de primeira viagem, não se sintam culpadas por se sentirem assim, mas procurem ajuda de médico, psiquiatra, macumbeiro, despachante ou qualquer um que não te julgue, e se puder, tomem um antidepressivo que é uma beleza, hahaha.

Bêê Tóó

4 comentários:

Ozenilda Amorim disse...

Mulher, você vai ser excomungada da blogosfera por dizer a verdade, assim não pode!rsrsrs
Eu concordo com você, não fui mãe por escolha e gosto da vida assim. Sei também que existem pessoas que abandonam seus filhos, matam ou simplesmente enlouquecem quando eles nascem e não sabem o que fazer, muitas tem crises profundas de depressão e culpa por causa de uma coisa que cientificamente não existe: o tal instinto materno! Como você disse balela. Mulher corajosa!!!

Raquel disse...

Dureza coleguinha. Por isso que eu amo a minha pílula, e vou continuar amando-a pelo menos durante mais uns 10 anos. Minha irmã diz que não existem motivos racionais pra ter filhos, e concordo com isso: as pessoas geralmente os têm por motivos afetivos, ou sem motivo. Não dá mesmo pra acreditar que "é maravilhoso ter filhos" como diz minha mãe. Imagino que deva ser algo bom e ruim ao mesmo tempo. De qualquer forma, realmente acredito que gastando menos tempo e energia com trabalho e passando mais tempo com o minicoleguinha você acabe se divertindo bastante com isso.

Deinha disse...

Fê...acho que o pior disso tudo é que a maioria das mulhers quando se tornam mães ficam seres totalmente sem noção...achando que os filhos são os mais espertos do mundo...mais engraçadinhos e mais inteligentes enquantos as figurinhas aprontam todas e elas só ficam quietas olhando ou acham tudo engraçadinho...ou ficam falando "filhinho isso não...filhinho isso não pode.." arghhhhhhhhhhh
Bjos Deinha

Hipoglicemia disse...

Iiiii, acabamos com a mousse no café da manhã de hoje! Se eu tivesse visto o seu comentário ontem a noite ainda rolava de guardar um pouco. Mas não tem problema: quando eu fizer a mousse na versão mais bonita e bem feita, sem ser "mousse de preguiçoso" eu já faço um tanto pra vc separado, pra vc não ficar aguada.